24 de junho de 2011

Nem sempre a lápis (179)

A enxurrada esvaziou a praia, lavou a esplanada. A marginal é uma rua da Baixa, com mais carros e alguns peões a sortear a passagem. Os veleiros não sulcam a distância guardada pelos cargueiros; coagulados no parapeito do olhar. A brisa não tem cheiro, o café é mau. O empregado, filho do que foi um especialista em olhar para nada, tem um tortulho tatuado na perna. Fui até ao Sargo, sem isco; apanhei cinco t, à linha.

[compare-se os chanatos com a elegância dos meus ténis]

1 comentário:

jardinsdeLaura disse...

Excelente texto! Adorei! Obrigada pela partilha! ;)