18 de outubro de 2011

Nem sempre a lápis (221)

Ainda pensei regressar a casa com uma dormida em Porto Covo e encerrar a época, mas foi mais forte o apelo das feiras do Sul. Perdida a de Algoz, na segunda segunda-feira de cada mês, a proximidade anual da Feira de Castro recomenda a ida e volta a casa de autocarro. Satisfaço pedidos de livros via e-mail e revejo as paisagens escondidas ao volante. Ando descalço e de calções e já estacionei o tronco nu na açoteia do bar da rampa, em contraluz; passeio os cães quando vou tomar o pequeno-almoço e ao fim da tarde; a ver as gaivotas a fazerem piscina no lago em frente da Casa Inglesa; a ver as lanchas que foram mostrar a costa podre aos turistas, do camarote do Clube Naval. É que a humidade de Outubro não deve aconselhar banhos de Sol e de mar pela Costa Vicentina, nem vontade de acender uma lareira; tão cedo. Sentado no recanto que desce para a praia, junto da Ermida, a unha da Lua anuncia o cheiro de outros dialectos; de banca em banca, disponíveis os livros na sacola.

2 comentários:

CCF disse...

O apelo das feiras do sul...
é tão bom segui-lo.
~CC~

fallorca disse...

E estava bom tempo :)