21 de junho de 2013

Nem sempre a lápis (377)

Alcateia
(1966 / 70)
 
Há cidades inexistentes com a população escondida nas harpas das casas.
Têm geralmente um rio onde afogam a dor e o pecado dos dias que não consomem.
Por vezes os exércitos descem à rua para que as pessoas não esqueçam o Terror e se concentrem nos passeios, rendendo-lhes homenagem.
São cidades para destruir e construir, satisfazendo as necessidades da procriação.

Cidades, ternas cidades que invento e desvendo com o peso da opressão.

[in, Alcateia; Hugin, Setembro 1999]

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