4 de setembro de 2013

Nem sempre a lápis (390)

Longe do mundo
 
10. Um cavalo continua a habitar-me o sono. Se sonhasse, poderia sentir-lhe o voo
atravessar com ele a febre da memória e repousar, finalmente.
Mas não – ele insiste em percorrer-me o prado onde não estou,

e tudo quanto me resta é a vertigem da água onde se sacia.
 
 
 
Conheci a loucura e a solidão. Tive lapsos. Não levitei, nem atravessei a sombra. Mas vi o Vento
e saboreei o chumbo. Sucedi-me com espanto e emoção.

A coerência nunca foi o meu forte
as minhas fraquezas são a minha única fortuna. Herança repetida.
 

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