2 de maio de 2010

Nem sempre a lápis (17)

Não revi os contos de Hernández, como me propunha fazer esta segunda semana que acaba amanhã; também não voltei à praia, no regresso da oficina depois do pequeno-almoço. Fui apanhar sol para a esplanada da lota, ponderar a possibilidade de passar um fim-de-semana de praia à espera de segunda-feira, para regressar a casa; acampado nesta, outra noite. Rentabilizei o dia a rever-me o ano passado no portátil, desactualizando as páginas impressas que não trouxe – deliberadamente –, contrariando a convicção de que a distância me seria útil, depois. Estava aqui, a distância, a necessária para emagrecer oito A4 impressas de frente, como as enfrentei sem rodeios. Antes de me entregar à Nacional até à Mimosa, ainda preciso de documentar alguns aspectos: o sapal, o olho fenício na proa de um barco, um saco de viagem. Depois desligo a luz e a água; desço mais descansado os dois lanços de escada que me separam do futuro, do fundo do Sul.

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