24 de setembro de 2011

Nem sempre a lápis (213)

Era disto que ele precisava, o anel que a Nico me trouxe de Jaipur, no Rajastão: Sol e contacto com a areia e o mar. Recebi-o amolgado pela adaptação a outros dedos e oxidado pelo tempo; só na zona da palma da mão, onde melhor assenta, apresentava o brilho da entrega recente ao comércio privado. À primeira vista, olhares embaciados pela generalização devem vulgarizá-lo como acessório de banca estival; anónimo e apátrida. Sei, leio-a quando o rodo no dedo, que é um anel com história que desconheço e me calhou dar continuidade; omitindo a minha.

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