2 de setembro de 2011

Nem sempre a lápis (206)

Levei A Angústia da Influência, mas acabei por ler O Lugar (Annie Ernaux) em Mortágua. É o último dos quatro primeiros títulos da colecção Pérola da extinta editora Fragmentos; o Google não é conclusivo quanto à fragmentação, mas não devo estar errado. Este quarteto de pequenas pérolas verticais, é composto por Tão Longe de Sítio Nenhum (Ursula K. Le Guin), O Barco-Farol (Siegfried Lenz) e A Criada e o Amo (Robert Coover). Não tenho comigo o primeiro, era um livro do agrado da Nico e é natural que esteja com ela; Tão Longe de Sítio Nenhum. Encontrei, seria melhor dizer que vi O Lugar quando procurava espaço para arrumar As Teorias Selvagens (Pola Oloixarac) junto do silencioso 2666 e FC, Fèlix Cucurull, editado pela Atlântida, livraria editora, ld.ª / coimbra, 1959. Em termos gráficos, os tempos estavam a mudar; não era uma canção de Bob Dylan. Intercalei a edição adolescente entre a colorida e selada e a dos cadernos abertos com um canivete. Pareceu-me encontrar explicação para a minha indiferença alfarrabista. Na desarrumação determinada pelo momento, só a leitura sabe a idade dos livros.

2 comentários:

Nuno Monteiro disse...

Um dos últimos era uma velada atenção à Laurie Anderson, agora aparece uma referência (ainda que tímida)ao multifacetado Dylan, tive o enorme prazer (então assim considerei) de os ver no Dramático. Essa foi uma noite dramática. Nessa noite foi com pena que Sérgio Godinho não subiu ao palco. não se deve ter tudo...

PS - também gostei da menina pola arrumada ao lado do "silencioso 2666"

fallorca disse...

Ainda está selado; edição GT, eheh...