«Toca outros continentes e ilhas o ar que chega aqui. Vem até nós, obscuro e transparente, como o espírito, a inquietação. Há embarcações que se desfazem. De tudo ficam detritos, fósseis. De todas as coisas se parte quando se procura um sorriso ausente. Gosto de navios por isso. No fundo dos oceanos vivem e morrem monstros marinhos que ninguém vê. Afastam-se e continuam próximos de todos os apelos, oscilam em resposta a chamamentos que vêm não se sabe de onde, por vezes desviam-se da rota porque alguém imagina ter adormecido ou porque a atracção das ilhas é mais forte que o sonho.»
3 de abril de 2011
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