28 de setembro de 2011

Nem sempre a lápis (215)

Olho para o passado e vejo ruínas. «O trabalho de restauro não só dissipa o charme e o mistério como produz o efeito, um simulacro, de rigor mortis» (Henry Miller). Perdi casas e perdi cães; perdi lugares e perdi sonhos, sobretudo os sonhos. Duvido que vá a Jajouka (até Jajouka), que volte a Marrocos. O ano passado, vivi na Asilah que conheci com a Nico, a sobreposição de dois espaços: a que foi a minha casa do forno, em Mortágua; a que é a casa dela, no Monte Alto. Vivo a vida à ordem; já não a tenho a prazo.

4 comentários:

F disse...

Também poderá haver vantagens em vivê-la à ordem.

eheh.

http://blogscraps.blogspot.com/2010/10/vida-e-aquilo-que-acontece-enquanto-nos.html

fallorca disse...

Já por tinha passado por lá, (é)F(inha)
Fiufiu...

Catarina disse...

parece-me a melhor forma de a viver.

F disse...

Catarina,

Se é a melhor forma não saberei, mas certamente será a mais sensata! Sobretudo se a consciência de cada momento for plena!