no campo ou na cidade, somos sempre só nós, o que me lembra de novo o escritor José Rentes de Carvalho filhadaputeando em todas as direcções (bardamerda também com o acordo ortográfico) porque não lhe aturam o cão quando gane ou late, etc.
às vezes (oh luxo) penso (luxuosamente) no país que teríamos agora se tanta gente com a cabeça no sítio não tivesse dado à sola (chamem-lhe exílio, emigração, a puta que os pariu) quando sentiram medo por si e não pelos outros.
sou filha de um gajo que não se pirou nem quando lhe acenaram com comissões de casa, carro e viagens. um gajo que passou por mil e uma merdas para ajudar a garantir que aquilo que lhe foi negado desde sempre, o direito a estar na sua terra, a falar a sua língua, pudesse ser legado aos filhos, dele e dos outros, cães incluídos.
a mania de morrer tê-lo-á visitado por mais de uma vez.
Obrigado. O Pompy era a última ligação a um universo reles, mesquinho, doloroso. Abandonei-o; tive de fugir. Só me resta uma alternativa; considerar-me desvinculado, para não enlouquecer.
"Nietzsche veio pedir ao cavalo perdão por Descartes. A sua loucura (portanto o seu divórcio da humanidade) começa no instante em que chora sobre o cavalo.
É este Nietzsche que amo, da mesma forma que amo Tereza, acariciando nos seus joelhos a cabeça de um cão mortalmente doente. Vejo-os lado a lado: os dois se afastam do caminho no qual a humanidade, senhora e proprietária da natureza, prossegue a sua marcha para a frente."
Caraças, chego aqui, primeira vez de visita, e vejo isto. Das últimas vezes que o vi, noutras paragens que não aqui, era o pompy quase bebé. Que merda, pá.
19 comentários:
a mania de morrer.
São os desvelos da «qualidade de vida no campo»; puta que os pariu!!
oh
:(
RIP Pompy.
Havia de ser proíbido... :(
Um abraço
Fallorca,
no campo ou na cidade, somos sempre só nós, o que me lembra de novo o escritor José Rentes de Carvalho filhadaputeando em todas as direcções (bardamerda também com o acordo ortográfico) porque não lhe aturam o cão quando gane ou late, etc.
às vezes (oh luxo) penso (luxuosamente) no país que teríamos agora se tanta gente com a cabeça no sítio não tivesse dado à sola (chamem-lhe exílio, emigração, a puta que os pariu) quando sentiram medo por si e não pelos outros.
sou filha de um gajo que não se pirou nem quando lhe acenaram com comissões de casa, carro e viagens. um gajo que passou por mil e uma merdas para ajudar a garantir que aquilo que lhe foi negado desde sempre, o direito a estar na sua terra, a falar a sua língua, pudesse ser legado aos filhos, dele e dos outros, cães incluídos.
a mania de morrer tê-lo-á visitado por mais de uma vez.
:(((
beijo :(
Poucas vezes me senti tão triste como quando me morreram os cães.
Ooooooh!
Lágrimas sinceras...
:-(
já passei por isso e sei o que custa.
força.
Obrigado.
O Pompy era a última ligação a um universo reles, mesquinho, doloroso.
Abandonei-o; tive de fugir.
Só me resta uma alternativa; considerar-me desvinculado, para não enlouquecer.
"Nietzsche veio pedir ao cavalo perdão por Descartes. A sua loucura (portanto o seu divórcio da humanidade) começa no
instante em que chora sobre o cavalo.
É este Nietzsche que amo, da mesma forma que amo Tereza, acariciando nos seus joelhos a cabeça de um cão mortalmente doente. Vejo-os lado a lado: os dois se afastam do caminho no qual a humanidade, senhora e proprietária da natureza, prossegue a sua marcha para a frente."
Milan Kundera
Caraças, chego aqui, primeira vez de visita, e vejo isto. Das últimas vezes que o vi, noutras paragens que não aqui, era o pompy quase bebé. Que merda, pá.
Lamento tê-la recebido assim...
Se fores ao teu e-mail do galo...Perceberás que tratar-me por você, ainda que esteja mais velha, é despropositado. :)
Sara, esse e-mail foi à vida. Mas como tenho moderação de comentários, identifica-te aqui.
Também fiquei a ver navios com o teu perfil
pedrinha n'alma :(
um abraço.
há funerais que têm que se fazer muitas vezes...
que o melhor dele permaneça em ti.
abraço :(
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