20 de dezembro de 2010

Às vezes, lá calha...

«Ele leva livros para uma barraca, depois das dez da noite. Fica encantado com a solidão e o silêncio entre o cheiro a madeira. Uma noite, deu um salto por cima dos livros porque tocou o telefone; a que se tinha enganado no número, continuou a enganar-se todas as noites; e ele, apenas lhe toca com os ouvidos e as intenções.»

5 comentários:

Nuno Monteiro disse...

Ora viva Fallorca! logo agora que comecei a leitura de Fante, das três uma, ou a apresso, ideia que repudio ou a ponho de parte durante algum tempo ou então tenho que partilhar com "A cicatriz do ar". Já cá canta! vou planificar as actividades para o segundo período e em breve lhe enviarei um mail, vale?

Nuno Monteiro disse...

E já agora, que mal lhe pergunte, acerca das suas traduções, é você quem as escolhe? quero eu perguntar, o próximo autor, é escolhido por si?

é que aqui há dias dei com um autor que creio não está totalmente traduzido para português, Miguel Angel Astúrias, poderei estar enganado, só cá tenho "O senhor Presidente", mas sei que há mais obra...

fallorca disse...

Nuno, só em situações muito excepcionais, escolhi/indiquei um autor e nem todas se concretizaram.
Quanto à segunda pergunta: claro que vale :)

margarete disse...

poderia ser o outro lado de A Voz Humana

margarete disse...

assim, talvez um bocado a despropósito, e sem nada que ver com o meu cometário anterior, 'a madeira' fez-me lembrar disto: tinha receio de nunca mais sentir as narinas dilatarem ao odor do mofo dos quartos à beira mar, o mofo a maresia estava classificado num nível superior, o dos odores-refúgio.
de todos, o mais doloroso era o das madeiras outrora trabalhadas a verde, negligentemente pintadas sem tempo para secar. esse era o odor de doer - madeira podre.