«Vou hoje para o hospital. Julguei que podia morrer neste quarto mas não, ainda não. Meti na mala o meu retrato talvez me deixem olhar para ele, não sei. A D. Glória vestiu-me como se eu já estivesse morta. Pôs-me o chapéu da pena, embrulhou-me no casaco, fez-me calçar umas meias suas porque eu não tinha nenhumas sem buracos. Estamos ambas à espera do táxi que a Augusta foi buscar. A D. Glória vem também. É como se fôssemos ambas no meu enterro.»
2 de dezembro de 2010
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