12 de outubro de 2011

Nem sempre a lápis (218)

Abri a torneira da água e meti a chave à porta. Descansei a bagagem pelas cadeiras e na mesa da sala e olhei para o relógio; numa hora parada, acertada pela uma e vinte. No quarto não se ouve o tiquetaque junto à caixa de madeira; mais nítido o pêndulo, o vaivém da memória. Uma casa serrana sacudida pelos cascos dos cavalos, na loja; um apartamento no Porto e os acordes do piano, à saída do elevador. Tanta luz nas minhas costas, a caminhar pela praia até ver a Lua.

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