26 de junho de 2011

Nem sempre a lápis (180)

A vizinhança aborrece-me, incomoda-me a proximidade. Não admito que apedrejem o meu silêncio com considerações sobre «o que estava a dar» neste ou naquele canal; posso levar com ele, ligado. Por mais acolhedor que esteja o cenário – as flores, as crianças, os animais, o rodapé bronzeado (cruzadas as pernas ou não) –, levanto-me e procuro uma mesa prudentemente distante, sem comentários exteriores à indignação que me vai na alma. Agrada-me verificar, ao longe, que a atitude não foi notada.

[u2]

2 comentários:

jardinsdeLaura disse...

Seria talvez caso para dizer "Espero que o meu silêncio, (como a minha raiva) não vos incomode"! ;)

fallorca disse...

Exacto, pelo menos :)