A enxurrada esvaziou a praia, lavou a esplanada. A marginal é uma rua da Baixa, com mais carros e alguns peões a sortear a passagem. Os veleiros não sulcam a distância guardada pelos cargueiros; coagulados no parapeito do olhar. A brisa não tem cheiro, o café é mau. O empregado, filho do que foi um especialista em olhar para nada, tem um tortulho tatuado na perna. Fui até ao Sargo, sem isco; apanhei cinco t, à linha.
24 de junho de 2011
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1 comentário:
Excelente texto! Adorei! Obrigada pela partilha! ;)
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