8 de novembro de 2011

Nem sempre a lápis (226)

Tanto posso estar em Carnaxide como em Porto Covo, em Mortágua ou em Portimão, onde acabo de chegar. Se estou na minha esplanada, recorro a um chá para não perder os rituais do fim do dia; se ando de sandálias pelo jardim do Quiosque Napoleão ou pela Zona Ribeirinha, passeio os cães. Passeamo-nos, voltámos a acertar o passo; reconheço. Instalada a Net e o telefone fixo, dei por mim a pensar que faltava pouco para chegar a casa, estacionado nas bombas de gasolina a seguir a Ourique, a recuperar o percurso para o Sul; combustível e bar aberto marcavam a fronteira. Esta incompreendida e invejada disponibilidade – adaptei-me à maturidade da minha liberdade – não tem endereço fiável. É o espaço inacessível, onde leio, divago, entregues as plantas ao cuidado do Sol, por ora. Pouco escrevo; acerto e dou corda ao relógio de parede, todas as noites – leio.



[do outro lado]

6 comentários:

As estações do ano disse...

Tenho saudades dessa vida nómada. Contento-me com a alma.

fallorca disse...

O «meio», não interessa... é o menos :)

F disse...

Para isso tento ir caminhando, tentando adaptar a ideia a um contexto mais povoado.

F disse...

Entretanto vou tendo muita daquela inveja sã, de quem aí chegou!

F disse...

Qual Cossery!

fallorca disse...

Parabólica, então?
ehehe