«Encontrei na estante A tentação de Existir, um livro de Cioran, publicado pela Relógio de Água, que tentei ler pela segunda vez e desisti. Não percebo como aquela verborreia oca pode seduzir alguém. Não parava de alardear uma falsa melancolia, de falar de suicídio e viveu até aos 84 anos, a maioria deles numa situação confortável graças aos direitos de autor que a Gallimard e outros dos seus editores lhe pagavam. Dizia que a Europa estava podre, deslocando o futuro para a América Latina mas vivia num belo apartamento no centro de Paris. Proclamava que a História não interessava nada, mas tratou de maquilhar a sua. Mais: fez-lhe um lifting. Depurou e ocultou os seus livros romenos onde manifestava simpatia por Hitler. A aldrabice instituída pautou a vida deste escritor (1911-1995) consagrado.»
1 de junho de 2013
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4 comentários:
Acertou que a Europa apodreceu, veremos se do húmus nascerá Apolo ou Marte. bfds
"e viveu até aos 84 anos, a maioria deles numa situação confortável "
Intolerável. Não havia um Gaspar na altura?
Outro que admirava o Hitler era o Hamsun (este, pelo contrário, passava fomeca, não sei se o estupor teve direito a reforma depois).
A Virgem Vermelha em todo o seu «ressabiado e requentado» esplendor
O que eu gosto dessa entrevista!
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