Esta venenosa vocação, este fascínio pelo quotidiano suspenso, pela delicada decantação da monotonia. Furto-me à convivência gratuita, à integração; deambulo pela casa, troco a perna cruzada para olhar com outra perspectiva o que me pode acontecer lá fora, interromper a ressonância do argumento que interpreto. Reflectido na luminosidade da ausência, o interior do meu cérebro assemelha-se cada vez mais com o da casa; este sítio, onde a noite entra para que eu «pendure o chapéu».
3 de setembro de 2010
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2 comentários:
bonito, fallorca, bonito! :-)
Bonito é bonito; entrou em desuso com o giro ;)
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