6 de janeiro de 2011

Nem sempre a lápis (118)

Aguardei que a livraria abrisse, em simultâneo com o estanco do tabaco, e entrei disposto a confirmar que não havia nada do que levava apontado no bloco. Cheguei a pegar em Dublinesca para mostrar à livreira os autores que insistia em não entender, escritos por mim. Entretanto, a Nico desencantava Querida Brenda, Las cartas de amor de Henry Miller a Brenda Venus (edição única da Seix Barral, Novembro 1986), com prefácio de Lawrence Durrell: «Aos 84 anos, quando já era “uma ruína física”, segundo as suas próprias palavras, Henry Miller conheceu a actriz Brenda Venus e viveu com ela, no quinquénio final da sua vida, a sua última história de amor, uma maravilhosa euforia de amizade amorosa, oferecendo um completo retrato de si mesmo na ombreira da morte.» À minha frente, nas minhas barbas, podemos dizê-lo, dois parêntesis curvos chamaram-me a atenção numa capa da Alfaguara: Con la esperanza entre los dientes. John Berger esperava-me outra vez, em Huelva.

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