16 de janeiro de 2011

Nem sempre a lápis (122)

Quando se lembram de chamar qualquer coisa à minha escrita – quanto a mim, acho-a apenas irrequieta –, por tão depressa desatar a correr atrás das palavras, numa ânsia inventariante, para logo a seguir se deter, contemplativa e delíriolírica, em meia dúzia de linhas – ocorre-me, mas não digo –, ocorre-me arrumar o assunto e explicar que são os meus heterónimos. Bem vistas as coisas, o Pessoa e eu só temos dois dias de diferença. Ele, nasceu a 13 de Junho e eu, a 15; o ano não interessa, parece mal.

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