«(...) e estamos a despir-nos, e de novo a fazer amor, quatro, seis, oito em cima do tapete - o terrível milagre de uma alucinação de pernas, braços, seios, mãos, sexos, coxas, cabeças, vestidos, camisas. (pág. 71)
«Ele disse que era uma mancha de esperma, esperma ainda vivo.
Esperma?
A mancha azul, ao meio do quadro, no chão, entre aqueles corpos grandes das mulheres.
Que era esperma?
Disse que era esperma ainda vivo.
Disse que ele próprio tinha esperma nas mãos.
Havia esperma por toda a parte.
Terrível.
Sim, terrível.
Um dia agarrou-me na cabeça, passou os dedos pela minha boca e disse: tens esperma na boca.
Já não sabia que fazer, pois encontrava esperma entre as páginas dos livros, nos bolsos, nos cigarros.
Uma vez atirou fora os cigarros e gritou: porque está aqui esperma, nos cigarros?
Não se pode fumar.
E depois como foi?
Parece que o esperma invadia tudo. (pág. 111)
(...) e encostou o rosto ao sexo dele, e sentia-se só no meio das trevas.
Estava cega.
Beijou-lhe o sexo devagar, e a boca tremia (...)
E apertou entre os lábios o pénis, devorou-o lentamente, enchendo a boca com aquela coisa quente e viva (...)
(...) e disse-lhe ao ouvido puta, chama-me puta.
E ele disse puta.
E ela voltou-se e pôs-se de joelhos na cama, dobrada, e disse mete no cu.
E, se fechavam ou abriam os olhos era a treva.
Para ambos e para sempre.
Amavam o terror, um no outro, cada um o seu terror no outro.
Talvez pudessem morrer. (pág. 120)
(...) Da raíz dos testículos subia já o florescimento maldito (...) (pág. 162)
(...) Haviam-me caído as sobrancelhas e os pêlos do púbis (...) (pág. 163)
(...) mão atentamente aberta sobre uma vagina viva como uma boca nas virilhas, na flor do ânus, a flor do ânus (...) (pág. 186)
Nota: etc, não encontrámos.
4 comentários:
Tenho
Tem o quê? O auto? O livro? O etc. que não encontrei?
:)
Bolas, nao seja exigente :)
"Só" tenho o livro
tenho o livro e agora roubo o auto :P
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