29 de junho de 2012

Nem sempre a lápis (294)

Reconheceu o jardineiro da Junta de Freguesia do lado oposto, quando ia tomar o pequeno-almoço com os cães. Contornou a rotunda e baixou o vidro; apalavraram à beira do passeio a contratação para depois das cinco, quando sair. Desde as últimas análises dedica-se à saúde do quintal; viçosa a relva para receber um vaso aberto às versões do Vento. Sabia que tinha vindo ao Sul para morrer. E o que a literatura pudesse caucionar, vá lá, um bom começo – vir ao Sul para morrer –, cavava e estrumava os canteiros do Fim. Digamos que não gostaria de ser achado nas dunas, encontrado no regresso de levar o lixo, a tresandar no prédio.

2 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

Anseio pelo segundo volume destas aparas de lápis...

;-)

fallorca disse...

Acalmas a «ansiedade», se for o caso, em Setembro, com «O livro do fim».
Depois saberás ;)