20 de julho de 2012

Nem sempre a lápis (300)

Animais domésticos
(1970/80)


1. Aprendo devagar os lugares que o sono afunda. O turbilhão verde da minha louca infância, lugar alto que as estrelas consomem nas constelações da água. Escrevo com os olhos fechados. A escrita é redonda no texto circular. Atenta, a população debruça-se sobre as refeições, como um alquimista bêbado.
Ah, deixem-me passar.
Os textos respiram sobre a mesa. Uma casa explode algures, na beira alta, como uma morte inteligente dentro da infância.

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