26 de outubro de 2012

Nem sempre a lápis (329)

água tatuada
(1999)
 
Os dedos partem a água, como a tatuagem inaugura a insónia. Só o vento sobrevive no fim das águias. Quanto mais a pele se entrega ao corpo, menos se desperta a parede cega.
Eu gostava de poder dormir junto ao ar. Mas já não sei como atravessar o sono – mastigar – ou arrepender-me de estar vivo.
 
[fizeram-se aqui] 

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