8 de setembro de 2013

Nem sempre a lápis (391)

Longe do mundo
 
Há uma ilha que me aquece o sono. Basáltica e precária. Com a memória
oceânica assente sob as algas. Covil de faunas e floras maceradas pelo enxofre

à deriva no atlântico:
arquipélago da imaginação e do apetite.



Abro o mapa das minhas mãos sobre a areia. Perdi as linhas e desbaratei as ilhas. Pouco sobra
que sirva de testemunho e aviso à quiromancia estropiada.

As buganvílias bordam-me o esquecimento – a distância.
 
[Longe do mundo; frenesi 2004]

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