Longe do mundo
O gado assoma ao largo. Sacode o ar com a cauda e o olhar perscruta a fome. O frio das facas.
A bosta aquece a calçada, e enquanto o vapor se evola
as janelas fecham-se como um crime. Apagam-se as giestas.
Cheira a pão quente e a palha. O queijo amadurece na penumbra, e o sal escorre sobre as tábuas velhas. Estalactites domésticas.
Sobrevivência e artesanato.
Cheira a caça molhada
a pêlo de cão e cavalos suados: licor de chuva.
Sem comentários:
Enviar um comentário