1 de dezembro de 2011

Nem sempre a lápis (235)

Olhei pela janela e calcei as botas com sola de pneu e encaminhei-me para a paragem do autocarro, sem consultar os horários. Perante a impossibilidade de ver o Lapa e o Ângelo quando for ao Porto, fiz-me acompanhar de Barulheira, decidido a sair nas Amoreiras e seguir pelas ramificações da minha geografia urbana, até às esculturas na galeria do Teatro da Politécnica; decidido a matar o tempo. Observei a ansiedade de prestadoras de serviço doméstico, confirmei a passagem de autocarros por que perguntaram, vi a chegada efusiva da miudagem, alheio à passividade branca dos reformados. Não me lembro se passou o 7 ou o 13. Na verdade, todos os números são bons para viajar, embora não os haja em número suficiente; reconsiderei ao entrar em casa.

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