
O facto é que porém não passou nem muito tempo, menos de um ano, até que a família não viesse a dar-se conta de que forma o expediente estava afinal destinado a complicar ainda mais a situação. Uma carta mandada pelo director da companhia do Amboim àquele tio do pai de SRO que tinha provido a sua remessa para lá, informa que o rapaz, avesso aos privilégios que por nascimento e relação lhe cabiam e ao lugar que isso lhe podia ter assegurado nas tramas da vida social e mundana da sede da empresa, uma verdadeira cidade, maior que a capital administrativa e comercial da região, a Gabela, passava mas era o tempo todo na roça para onde o tinham mandado, sem se fazer notar nem dar sinal de si, e que agora ia ser preciso fazer alguma coisa. Há mais de dois meses que o jovem não ser de um bebé com que se tinha fechado em casa. Mandaram-lhe então voltar a Portugal. O jovem obedece mas, para escândalo geral e contra todas as expectativas e previsíveis conjecturas, em contexto colonial e afinal em qualquer outro, leva consigo o bebé e desembarca com o filho em Lisboa. A mãe, negrinha avulsa, tinha morrido em Angola, a dar à luz.»
2 comentários:
Primeiro é para dizer que esta história bem a conheço mas aqui ficou muito aquem! Depois para dizer também que esta foto é original minha, pois fui eu quem a coloquei na internet através de um dos meus blogues! Um abraço...
Tudo bem e, se o diz, autoria reconhecida
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