Longe do mundo
5. É um mercado de varas e silêncio. O sol esmaga-lhes o pregão, o dialecto
e a fruta fustiga o olhar dormente. Talha o azeite.
O Sul é uma memória de barro e o pó a sua permanência.
As laranjeiras acendem a folhagem na hemorragia do grés, mapa anatómico que me custa soletrar.
Então encosto a cabeça à parede e o adobo revela-me a tua essência. Decanto o mel.
Nenhuma praia é suficientemente grande para me devolver o mar.
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