17 de agosto de 2013

Nem sempre a lápis (385)

Longe do mundo
5. É um mercado de varas e silêncio. O sol esmaga-lhes o pregão, o dialecto
e a fruta fustiga o olhar dormente. Talha o azeite.

O Sul é uma memória de barro e o pó a sua permanência.


As laranjeiras acendem a folhagem na hemorragia do grés, mapa anatómico que me custa soletrar.
Então encosto a cabeça à parede e o adobo revela-me a tua essência. Decanto o mel.

Nenhuma praia é suficientemente grande para me devolver o mar.

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