«Não quer comentar a Ricardo que é inútil que lhe conte coisas de Behan, já sabe tudo sobre ele. Deixa-o falar sobre o irlandês, até que, num momento de descuido, volta a puxar pelo tema de Auster.
- Achas que Paul Auster seria considerado um bom romancista no Ghana? – pergunta a Ricardo, numa clara provocação.
- Ah, eu sei lá! – olha-o muito surpreendido. – Estás bem estranho, hoje. Nunca sais, não é verdade? Não é que saias pouco, é que não sais, não estás habituado a falar com as pessoas. Vai-te fazer bem ires arejar a Dublin. Acredita, andas um bocado transtornado. Devias reabrir a editora. Não podes estar sem fazer nada. Auster no Ghana! Bom, vamos à La Central.»
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